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 | Hoje já sabemos que era possível governar sem culpar os portugueses
Pedro Nuno Santos fez o encerramento da discussão das propostas das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento do Estado (OE) para 2018. Reveja aqui a sua intervenção
“Acusam o Governo de ter as suas clientelas. Os senhores mostraram quais eram as suas clientelas. E mostraram mais, que não sabem como é que funciona uma economia.
É que os senhores estão disponíveis para perder 500 milhões de euros de receita em IRC, de forma transversal e cega, independentemente da empresa. Se ela investe, se não investe, se é do sector transacionável ou não. Todas as empresas que têm lucros beneficiariam da redução do IRC. Essa não é, nem nunca foi, nem será a nossa política.
A redução de impostos deve ser seletiva, criteriosa, para quem investe, para quem exporta, para quem intervém em sectores transacionáveis. É assim que se gere uma economia. É assim que se apoiam empresas.
O senhor deputado ainda dizia há pouco que não há medidas para as empresas no Orçamento do Estado. Pois na sexta-feira à tarde, precisamente o dia de hoje, nós vamos poder discutir benefícios fiscais. Seletivos, para promover a capitalização das empresas.
O maior problema do sector privado em Portugal: o excesso de endividamento. É preciso encontrar alternativas ao financiamento bancário. Temos medidas. Esperamos pelo senhor deputado Carlos Abreu Amorim.
Disseram no primeiro dia que este era um Governo governado.
210 mil portugueses vão beneficiar do aumento do mínimo de existência, 1,3 milhões de agregados da redução de impostos. 2,8 milhões de reformados do aumento de pensões. 600 mil funcionários públicos do descongelamento de carreiras.
Se é destas clientelas que vocês estão a falar, sim, nós governamos com o povo e somos governados com aquilo que eles precisam, com as suas ambições. As vossas clientelas vocês deixaram claro com este orçamento quais são e nós, pedimos desculpa, não vos podemos acompanhar.”
Fonte: PS
11/28/2017
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